Cerca de 69% dos estudantes e professores da rede de ensino público do estado de São Paulo percebem que violência é média ou alta nas escolas. Entre os familiares de estudantes, esse índice sobe para 75%. Esta realidade do estado e foi constatada na pesquisa do Instituto Locomotiva junto da Apeoesp, o Sindicato dos Professores de São Paulo.
Para o diretor do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, jovens estudantes estão sendo estimulados a resolver os conflitos pela violência, não pelo diálogo. Ele citou o “Escola sem Partido” como parte de um movimento que estimulou estudantes contra professores.
Quase metade dos alunos - 1,1 milhão - relataram já ter sofrido algum tipo de violência na escola. Um em cada três estudantes relatou sofrer bullying. E 12% dos professores informaram ter sofrido agressões verbais. Essa realidade é diferente entre escolas que ficam no centro e as que estão na periferia. A violência é maior nas escolas da periferia: 39% dos estudantes em escolas de periferia relataram sofrer bullying e 15% dos professores na periferia relataram terem sofrido agressões verbais.
Diante desses números, o sindicato da categoria cobrou a contratação de mais professores e profissionais do setor da saúde, como psicólogos, para que as escolas tenham as ferramentas necessárias para combater a violência sistêmica. Outro ponto defendido pela presidente da Apeoesp, Izabel Noronha, é a gestão mais democrática das escolas
A pesquisa foi realizada com 3.600 pessoas da comunidade escolar pública no estado de São Paulo, entre 30 de Janeiro e 21 de fevereiro deste ano.
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18/06/2019
REUTERS/Adriano Machado"
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