O investimento público em Educação caiu em média 2,5% no Brasil, entre 2015 e 2021. É o que aponta o relatório internacional Education at a Glance, divulgado nesta terça-feira (10/9) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ao contrário do Brasil, segundo o relatório, os países da OCDE aumentaram os investimentos públicos em educação em 2,1%, em média.
Nas escolas de Ensino Fundamental, o Brasil aplica anualmente por aluno o equivalente em média a R$ 20 mil. Já os outros países-membros da organização investem uma média de R$ 66 mil. Já no Ensino Médio, esses gastos chegam a R$ 22,6 mil e nos países da OCDE são R$ 71 mil.
Enquanto no Ensino Superior, o Brasil investe o equivalente a quase R$ 76 mil; já nos países da organização são cerca de R$ 95 mil.
A parcela dos gastos públicos com educação, em relação aos gastos totais do governo brasileiro, diminuiu de 11,2%, em 2015; para 10,6%, em 2021. Percentuais superiores aos dos países da OCDE.
Em relação aos salários dos professores, no Brasil os educadores recebem menos e trabalham mais do que a média da OCDE. Em 2023, o salário médio anual dos professores nos anos finais do Ensino Fundamental, que vai do 6º ao 9º ano, era equivalente a R$ 128 mil. Valor 47% abaixo da média dos países-membros da organização.
E quando falamos em horas trabalhadas, os professores brasileiros dos anos finais do Ensino Fundamental têm de lecionar oitocentas horas anualmente. Isso está acima da média da OCDE, de 706 horas por ano.
A OCDE é uma organização econômica com 38 países-membros, fundada em 1961 para estimular o progresso econômico.