Assistir a corridas de Fórmula 1 aos domingos nunca mais foi a mesma coisa depois do dia 1º de maio de 1994. O Brasil perdeu o seu maior representante no esporte. Aos 34 anos, Ayrton Senna morreu depois de bater contra o muro de concreto, no circuito de Ímola, no Grande Prêmio de San Marino, na Itália.
Antes daquele fim de semana, a F1 não registrava acidentes fatais há 12 anos. Mas os treinos da terceira etapa da temporada começaram mal com um acidente grave de Rubinho Barrichelo, na sexta, e a morte de Roland Ratzenberger ,no sábado.
Apesar da tragédia, a corrida foi mantida. No domingo, logo na largada, a Lotus do piloto Pedro Lamy bateu na Benetton de JJ Lehto que estava parada na pista. Pneus voaram e atingiram espectadores na arquibancada.
O safety car deixou a pista na quinta volta. Senna havia largado na pole e estava na liderança da prova. Mas, na sexta volta, a barra de direção quebrou e o piloto passou direto na curva Tamburello, batendo a cerca de 200 Km/h.
Senna foi retirado do carro e levado de helicóptero para o hospital. Em uma entrevista coletiva à imprensa, a direção do local informou que o quadro dele havia evoluído negativamente e que não havia mais esperança. Com a morte cerebral confirmada, a médica informou que o piloto seria mantido respirando com ajuda de aparelhos até o coração parar de bater, seguindo a legislação italiana em vigor na época.
As mortes de Ratzenberger e Senna em 1994 obrigaram a Fórmula 1 a fazer várias mudanças. O circuito de Ímola foi alterado para tornar o trecho mais seguro.
Em sua carreira, Airton Senna largou 65 vezes na primeira posição, venceu 41 corridas e conquistou três campeonatos mundiais. Era considerado um gênio da direção e também é lembrado por momentos memoráveis como quando abandonou o próprio carro para salvar o piloto Erik Comas no treino livre do Grande Prêmio da Bélgica, em 1992.
História Hoje
Redação: Beatriz Evaristo
Edição: Bianca Paiva
Sonoplastia: Jailton Sodré
Apresentação: José Carlos Andrade
Publicação Web: Marizete Cardoso