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Comunicação pública enfrenta o desafio da popularização

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Lia Kunzler
02/10/2014 - 16:56
Brasília

Diariamente, o programa "Ponto de Encontro", da Rádio Nacional da Amazônia, recebe recados de moradores da região, que usam as ondas da rádio pública para se comunicar, onde outros meios de comunicação muitas vezes não chegam.

 

Como conta o gerente das rádios Nacional da Amazônia e Nacional do Alto Solimões, Mário Sartorello: “Possibilitar que cidadãos consigam se comunicar através da rádio em locais que eles não têm outro acesso porque não tem sinal de internet, celular, nem televisão.”

 

O sistema complementar pública foi pensado para ser canal da voz da sociedade civil. É o caso de tvs universitárias, da Rádio Nacional, TV Brasil e das emissoras educativas dos estados. É um complemento ao sistema comercial, que visa o lucro. E ao estatal, composto por emissoras do Judiciário, Legislativo e Executivo, onde os três poderes prestam conta de suas ações.

 

O sistema público de comunicação está a serviço do interesse do cidadão e da formação crítica, com pluralidade de informações e vozes. São prioridade os temas que não têm espaço nos outros meios de comunicação, a regionalização dos conteúdos, os direitos de minorias, a apresentação das diversidades culturais do país.

 

No Brasil, só em 2007 foi criada, por meio de lei a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) para coordenar os esforços das emissoras e experiências públicas já existentes no país.

 

Para o professor de comunicação, Fernando Paulino, um dos desafios do sistema público brasileiro é se tornar conhecido por toda população e entendido como um meio de comunicação de todos.

 

“Acho que há, ainda, um desconhecimento em relação aos conteúdos que são produzidos pela TV Brasil ou pelas rádios associadas pela EBC e, à medida que o cidadão tivesse condição mais facilitada de descobrir esse trabalho, eu tenho certeza que havia ainda mais movimentação em defesa da natureza pública do serviço de comunicação.”

 

Outra experiência é o Projeto Brasil 4d, uma parceria entre a EBC e a Unesco, que está em fase de testes no Distrito Federal. Com ele, famílias de baixa renda têm acesso a serviços como vagas de emprego, consultas no sistema único de saúde e programas sociais do governo, com apenas alguns cliques no controle remoto.

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