O teste da linguinha nos recém-nascidos vai ser obrigatório em hospitais e maternidades de todo o país a partir da semana que vem.
A lei, sancionada em junho, determina que o exame seja feito nos primeiros dias após o nascimento. Segundo a criadora do teste, a fonoaudióloga Roberta Martinelli, a má formação da membrana da língua, também chamada de língua presa ou alteração no frênulo, pode prejudicar a amamentação e o desenvolvimento da fala.
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Roberta Martinelli disse ainda que, quanto mais tarde a criança for diagnosticada, mais difícil é a recuperação. Além disso, ela afirma que a dificuldade na fala afeta a auto estima e dificulta o aprendizado.
Para a Sociedade Brasileira de Pediatria, o teste da linguinha não tem justificativa científica, como explica o médico otorrino da SBP, Manoel de Nóbrega.
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A comerciante Eliane Tobar descobriu que o filho tinha a alteração no freio da língua quando ele completou UM mês de nascido. A mãe conta que ele tinha dificuldade para mamar. Com o diagnóstico do bebê, Eliane descobriu que o filho mais velho, Richard, de TREZE anos, enfrentava o mesmo problema.
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O deputado Onofre Agostini, do PSD de Santa Catarina, foi o autor do projeto de lei do teste da linguinha. Ele afirma que a fiscalização do cumprimento da norma é de responsabilidade do Ministério da Saúde.
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Segundo especialistas o exame é simples e não doi, e pode ser feito por um fonoaudiólogo ou outro profissional capacitado enquanto o bebê está mamando.
O Teste da Linguinha é de graça, tanto na rede pública de saúde quanto na particular. O pai pode decidir se quer ou não fazer a cirurgia, que é um pequeno corte sem pontos. Outros testes importantes para o bebê são o da orelhinha, do olhinho, do coraçãozinho e do pezinho.