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Polícia Federal desarticula quadrilha de fraudes no INSS do Rio

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Dylan Araujo
19/03/2015 - 18:03
Rio de Janeiro

A Polícia Federal desarticulou, nesta quinta-feira, uma quadrilha que em dois anos faturou mais sete milhões de reais em fraude de benefícios previdenciários do INSS, o Instituto Nacional de Seguridade Social. Duas pessoas foram presas e três servidores do INSS foram afastados. A polícia ainda cumpriu 26 mandados de busca e apreensão. Todos os 22 investigados pelo envolvimento no esquema já foram denunciados pelo Ministério Público Federal.

 

De acordo com o delegado de Polícia Federal, Hylton Coelho, as investigações começaram há mais chegaram a ser interrompidas por causa de trâmites burocráticos.

 

A quadrilha era dividida em dois grupos que atuavam em conjunto. Na primeira etapa, funcionários da Previdência Social adulteravam o tempo de contribuição do segurado, para aumentar benefícios de aposentadorias. Em outros casos, o grupo expedia benefícios assistenciais inexistentes ou que não faziam jus ao ganho. Durante as buscas os policiais apreenderam mais de mil CPFs falsos, que além de impressos, eram incluídos na base da Receita Federal.

 

Na segunda etapa, outro grupo da quadrilha recrutava idosos que se faziam passar pelos verdadeiros beneficiários e fazer os saques do dinheiro. Cada idoso utilizava mais de dez identidades falsas e recebia cerca de 60 reais por cada saque efetuado.


O gerente executivo do INSS, Flavio souza, afirmou que o instituto tem limitações na capacidade de constatar imediatamente a fraude nos pedidos de benefícios.


SONORA

 

A atuação do grupo começou na agência do INSS de Santa Cruz e depois foi transferida para a agência São Francisco Xavier. A Polícia Federal estima que a quadrilha arrecadava cerca de 200 mil reais por mês, nos dois últimos anos. Mas a fraude era realizada no mínimo há 5 anos e os agentes informaram que não tem condições de calcular o valor total do rombo no cofres do INSS. Os suspeitos responderão, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, falsificação de documentos, estelionato e peculado, no caso dos servidores públicos.

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