A Polícia Militar continua as buscas pelos foragidos do Presídio São Luís II, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão.
As fugas ocorreram na tarde desse domingo. Os detentos cerraram a grade da cela onde estavam nove presos. Quatro conseguiram escapar pulando uma cerca de arame.
O presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Maranhão, Antônio Benigno Portela, contesta a segurança da unidade, onde cerca de 7 agentes penitenciários monitoram aproximadamente 80 presos.
Sonora: "a nossa preocupação é que é uma aglomeração muito grande de presos de alta periculosidade, sem que seja de segurança máxima.... você tem um efetivo baixo nesse presídio que essa unidade prisional exige."
O presídio São Luís II é o único do Complexo Penitenciário que conta com o serviço de agentes penitenciários. Nas outras unidades, a segurança fica por conta de agentes terceirizados. Antônio Portela diz que o baixo salário pago a esses empregados facilita a corrupção, a entrada de objetos ilícitos nas unidades e as fugas.
Sonora: Você imagina que um monitor recebe 900 reais... recebe mais que o dobro pra colocar uma coisa ilícita nas unidades prisionais.
Na última semana, o governo do Maranhão apresentou um conjunto de metas para melhorar a gestão penitenciária no estado.
A primeira meta do governo é colocar fim às terceirizações e estabelecer a segurança nos presídios. Também figura a lista de prioridades, a construção de novas unidades prisionais, a ampliação do número de servidores e de agentes penitenciários e a informatização de procedimentos como a implantação de um cadastro único de visitantes.
A reportagem procurou a Secretaria de Administração Penitenciária para comentar o caso, mas até o fechamento desta edição, não obteve retorno.