A segunda sexta-feira do mês de maio de todo ano é a data escolhida para a campanha “De Bike ao trabalho”. Inspirada no evento que acontece em vários países do mundo, a campanha promove a bicicleta como uma opção de transporte para o trabalho.
A coordenadora da ONG Rodas da Paz, Renata Florentino conta que, no Distrito Federal, existem mais de onze mil quilômetros de vias pavimentadas, e quinhentos quilômetros de ciclovias. Por isso, ela destaca a importância de os motoristas compartilharem as vias e respeitarem os ciclistas.
Os movimentos de ciclistas 'Rodas da Paz' e 'Bike Anjo' promovem a campanha no DF, e para mostrar as dificuldades nos percursos pela cidade, convidaram o governador Rodrigo Rollemberg para, juntos, fazerem o percurso até o trabalho dele. Saindo da 206 sul, quadra onde mora a mãe de Rollemberg, o governador e os ciclistas seguiram até o Palácio do Buriti, num percurso de 45 minutos. Ele explica como foi a experiência, e o que o governo vai fazer para melhorar a qualidade dos trajetos de quem prefere a bicicleta.
Renata Florentino explica que, em Brasília, pouco mais de 3% dos deslocamentos são feitos de bicicleta. Ela conta que, em Recife, esse índice sobe para 13%, e, por isso, o poder público deve dar estrutura, os motoristas devem respeitar e as empresas devem incentivar o uso de bicicletas pelos trabalhadores. Em Brasília, a prática é comum em órgãos públicos, mas a Confederação Nacional das Indústrias, entidade privada, apoia a ideia e incentiva os trabalhadores ao uso da bicicleta.
Segundo o Código de Trânsito brasileiro, o condutor de veículos deve passar a um metro e meio de distância do ciclista, que está na lateral direita da via. Ameaçar o ciclista com o carro é infração gravíssima. O motorista pode perder o direito de dirigir, e ter o veículo e a habilitação apreendidos. Para os adeptos da bicicleta, a lei determina como itens obrigatórios: campainha, sinalização noturna e espelho retrovisor no lado esquerdo.