A Organização Mundial da Saúde define que os partos podem ser feitos onde for permitido pela lei e onde for culturalmente aceito. No Brasil, os hospitais e as casas de parto têm sido os locais mais comuns para a mamães darem a luz. No ano passado mais de 95% das mulheres tiveram seus bebês nestas instituições.
Dos mais de dois milhões e novecentos mil partos no ano passado,55,6% foram cesarianas. Ou seja, mais de um milhão e seiscentas mil crianças vieram ao mundo pelo método cirúrgico, conforme dados do Ministério da Saúde. A OMS afirma que a cesariana pode ser necessária quando o parto normal coloca em risco a vida da mãe e do bebê, como em casos de trabalho de parto prolongado ou sofrimento fetal.
Mas, este método também tem sido a opção de diversas mães, como é o caso da professora Jordhana Matos, de 23 anos, que está grávida pela primeira vez. Jordhana considera que o método cirúrgico vai atender às necessidades dela. Ela afirma ainda que sabe que está na contramão do que é recomendado pelas organizações de saúde, mas que se sente preparada para lidar com o preconceito.
O presidente da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Etelvino Trindade explica também que muitas mulheres optam pela cirurgia pela segurança de ter perto dela os entes queridos e por traumas culturais em relação ao parto normal.
Mas há também as mulheres que sonham em ter filhos por parto normal, por acreditar que é o método mais saudável para a criança e menos agressivo para a mãe. Esse é o caso de Luciana Orlando. Ela teve suas duas filhas por parto normal e afirma que sempre se sentiu segura na decisão, mesmo durante os trabalhos de parto que duraram mais de 9 horas.
Ela afirma também que o apoio da médica que a acompanhou foi importante durante toda a gestação, mas sabe que nem todas as mulheres têm à mesma sorte.
Para o ginecologista, independente da escolha, o mais importante é que a mulher se sinta informada e em sintonia com a equipe que vai atendê-la.
Seguindo recomendações da Organização Mundial de Saúde para que o número de cesáreas seja reduzido, o Ministério da Saúde, em parceria com a Agência Nacional de Saúde Suplementar, que é responsável pela regulação dos planos de saúde, têm investido em um projeto piloto para estimular o parto natural e evitar cesarianas consideradas desnecessárias tanto no SUS quanto na rede privada de hospitais. Atualmente esta rede é formada por 23 instituições privadas e cinco maternidades do SUS. Estas unidades possuem uma equipe multidisciplinar que desenvolvem seus trabalhos com foco na mulher e no bebê.
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