Desde o mês de junho, a Polícia Civil do DF coleta material biológico dos condenados do sistema prisional. A iniciativa foi tomada, depois que o Ministério Público do DF cobrou, no fim do ano passado, o cumprimento da Lei de Execução Penal, que teve artigo regulamentado no início do ano passado pelo Ministério da Justiça.
Segundo o Ministério Público, a coleta é obrigatória para os condenados por crimes hediondos, principalmente contra a dignidade sexual, como estupro. As evidências em determinado crime são confrontadas com os DNA's de suspeitos já registrados no banco genético. Com isso, é possível confirmar ou descartar a participação do suspeito no crime.
O Promotor de Justiça e Coordenador do Núcleo de Direitos Humanos do MPDF, Thiago Pierobon, explica que há indícios de reincidência de crimes sexuais, por parte do agressor.
Como coordenador do Núcleo de Direitos Humanos do MPDF, Thiago Pierobon diz que o objetivo é auxiliar a Justiça no esclarecimento de crimes hediondos, protegendo as vítimas e também garantir a dignidade dos acusados.
A Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos do Ministério da Justiça tem 2,5 mil amostras de 18 unidades da federação. No Distrito Federal, segundo a Polícia Civil, 70 condenados já tiveram DNA colhido para compor o banco de perfil genético.