O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse nesta segunda-feira (21) que, com o corte de 35% no orçamento do setor, os investimentos ficaram reduzidos a "praticamente zero". O que resta deve pagar salários e manter a estrutura da secretaria. O corte é de aproximadamente R$ 2 bilhões, dos mais de R$ 10 bilhões previstos para este ano.
Beltrame informou que, para minimizar os efeitos da crise econômica da pasta, solicitou reingresso dos policiais cedidos a outros órgãos para suprir parcialmente a falta de novos concursados.
Beltrame informou que solicitou ao Ministério da Justiça que o efetivo da Força Nacional, que estará no Rio para reforçar a segurança durante a Olimpíada e Paralimpíada, permanecesse no estado até às eleições de outubro, mas que, por falta de recursos, o pedido não poderá ser acatado.
Outro anúncio feito nesta manhã pelo secretário foi o novo adiamento da instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Conjunto de Favelas da Maré, na zona norte.
O complexo de favelas da Maré, onde atuam facções criminosas do tráfico de drogas e de milícias, é considerada uma região estratégica pela proximidade com as principais vias expressas da capital: Avenida Brasil e Linha Vermelha, que dão acesso ao Aeroporto Internacional Tom Jobim e a Baía de Guanabara.
Cerca de três mil agentes das Forças Armadas ocuparam durante uma ano a região até abril do ano passado.