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Empresário investigado em operação da PF morreu envenenado

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Sumaia Villela, da Agência Brasil
30/06/2016 - 22:03
Recife(PE)

O empresário Paulo César de Barros Morato, foragido da Operação Turbulência, encontrado sem vida no dia 22 de junho, morreu por envenenamento. 

 

A informação é resultado de exames realizados nas vísceras do empresário. A Polícia Científica de Pernambuco divulgou uma nota hoje à tarde sobre o caso. Tecnicamente, o termo que indica o envenenamento no laudo é "intoxicação exógena", ou seja, de origem externa ao corpo humano.

 

A substância encontrada é o organofosforado, presente na composição de um inseticida conhecido popularmente como chumbinho. Não há como saber, por enquanto, se Morato foi envenenado ou se o próprio empresário tomou o veneno.

 

Ainda sobre o caso, ainda faltam ser concluídas outras perícias, como a das imagens das câmeras de segurança do motel onde o empresário morreu, a de impressões digitais, e a de composição química do conteúdo de copos e de uma garrafa de água encontrados no local da morte. O prazo para conclusão dessas análises é de 10 dias.

 

Paulo César Morato foi apontado pela Polícia Federal como um testa de ferro de uma organização criminosa de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 600 milhões desde 2010.

 

A PF diz que essa rede, investigada na Operação Turbulência, financiou campanhas políticas do ex-governador e ex-candidato à presidência da República Eduardo Campos (PSB), inclusive a compra do avião usado nas eleições presidenciais de 2014, cuja queda matou a ele e mais seis pessoas. 

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