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Operação policial deixa mais de seis mil crianças sem aula na Cidade de Deus

Segurança Pública
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Karol Assunção
23/11/2016 - 18:06
Rio de Janeiro

Mais um dia de operação policial na Cidade de Deus, comunidade da zona oeste do Rio de Janeiro. Dessa vez, a operação é da Polícia Civil, que busca cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão. Cerca de 400 policiais civis de diversas delegacias participam da ação.

 

De acordo com a Polícia Civil, nove pessoas foram identificadas e indiciadas por participarem dos confrontos com a Polícia Militar na comunidade, no último sábado . Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na última segunda -feira.

 

O delegado Felipe Curi informou que os indiciados vão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de armas de fogo. A Polícia Civil confirma a prisão de 14 pessoas, mas ainda não se sabe se todos os mandados de prisão foram cumpridos.

 

Uma moradora que não quis se identificar disse que os policiais bateram à porta da casa dela e que não teve problemas. Uma integrante do coletivo Bota a Cara CDD, no entanto, diz que os moradores estão com medo e muitas casas tiveram as portas arrombadas.

 

A Secretaria Municipal de Educação informou que mais de seis mil crianças ficaram sem aula, já que escolas, creches e espaços de desenvolvimento infantil não abriram durante a manhã na comunidade. Segundo a secretaria, o conteúdo vai ser reposto.

 


Desde a semana passada, a comunidade é palco de operações policiais. No sábado , um helicóptero da PM que auxiliava a operação caiu na comunidade e matou quatro policiais. As investigações da causa da queda ainda estão em andamento.

 

No domingo , sete mortos foram encontrados mortos por moradores da região. A Polícia Civil já informou que os jovens morreram em decorrência de ferimentos a tiros e que há duas linhas de investigação: as mortes poderiam ter ocorrido durante confronto entre milicianos na Gardênia Azul ou durante confronto com a polícia na comunidade. De acordo com a Polícia, outras possibilidades ainda não foram descartadas.

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