O presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio, Aloysio Neves, cinco conselheiros e um ex-conselheiro do órgão foram presos na manhã desta quarta-feira, durante a Operação Quinto do Ouro, deflagrada pela Polícia Federal e Ministério Público Federal.
A ação investiga desvios de até 20% em contratos com órgãos públicos para autoridades, em especial, membros do TCE e da Assembleia Legislativa do Rio.
O presidente da Alerj, Jorge Picciani, foi alvo de uma de condução coercitiva e prestou depoimento por cerca de três horas na Superintendência da Polícia Federal, na zona portuária do Rio.
Os conselheiros presos são José Gomes Graciosa, Domingos Brazão, Marco Antônio Alencar, José Maurício Nolasco. Além deles, também foi detido o ex-conselheiro Aloísio Gama.
Ao todo, a Polícia Federal cumpre 20 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas, 17 conduções coercitivas e 6 prisões temporárias.
A ação se dá principalmente cidade do Rio de Janeiro, mas também em Duque de Caxias e São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Por se tratar de uma investigação que tem como alvos membros de um Tribunal de Contas Estadual, os trabalhos correm sob a presidência de um ministro do Superior Tribunal de Justiça.
A operação teve origem em delação premiada do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado, Jonas Lopes, que também é conselheiro e está licenciado. A corregedora e conselheira Marianna Montebello é a única integrante do tribunal que não foi alvo da ação.
Por nota, a Alerj informou que decidiu manter as atividades nesta quarta-feira, apesar da condução coercitiva de Jorge Picciani e que foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos gabinetes da presidência da Casa. Ainda segundo a assessoria, Picciani fará um pronunciamento da tribuna, antes do início da sessão desta quinta-feira, às três da tarde.





