Ministério Público do DF obtém condenação de Agnelo Queiroz por improbidade administrativa
O ex-governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, foi condenado por improbidade administrativa. De acordo como Ministério Público do DF, ele terá de ressarcir, em dinheiro, para os cofres públicos, uma alteração em sua jornada de trabalho como médico da rede pública de saúde.
O então governador estava finalizando o mandato em 2014, após perder a eleição. E, no dia 29 de dezembro, a então secretária de Saúde, Marília Coelho, expediu uma portaria para duplicar a carga horária de trabalho de Agnelo Queiroz de 20 para 40 horas semanais, a partir do fim da licença dele, no exercício do mandato de governador.
Depois disso, segundo o Ministério Público, Agnelo não retornou ao trabalho como médico da Secretaria de Saúde. Primeiro, ele tirou férias, depois apresentou dois atestados médicos no período de 3 de agosto a primeiro de setembro de 2015. Em seguida, foi cedido para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O Ministério Público acusou Agnelo de se beneficiar financeiramente da mudança na jornada de trabalho, já que o salário dele aumentou por conta da carga horária que ficou maior. A ex-secretária Marília Coelho também foi condenada a ressarcir o dinheiro, ao pagamento de multa e terá os direitos políticos suspensos por cinco anos. O valor que será devolvido por Marília e por Agnelo ainda não foi definido.
O advogado do ex-governador não atendeu aos telefonemas da reportagem até o fechamento desta reportagem. Segundo o Ministério Público, informou que as defesas de Agnelo e Marília Coelho recorreram da condenação.