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Dia Mundial sem Tabaco: os impactos econômicos do hábito de fumar

Dia Mundial sem Tabaco
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Dayana Vitor
31/05/2017 - 08:05
Brasília

Nivaldo Barbosa, microempreendedor individual, fumou por 30 anos. Eram dois maços por dia e cerca de R$ 300 por mês a menos na conta. Ele parou com o vício há quatro anos e, depois disso, conseguiu comprar um carro. O aumento da renda foi uma das consequências diretas de largar o cigarro.

 

Assim como Nivaldo, os governos e as pessoas sofrem impactos econômicos com o consumo da nicotina. E o tema deste 31 de maio, Dia Mundial sem Tabaco, estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é justamente a ameaça do fumo ao desenvolvimento.

 

Nivaldo explica como sua vida econômica melhorou depois de parar de fumar.

 

Sonora: "Parei de fumar, eu consegui comprar um carro."

 

O chefe substituto da Secretaria Executiva da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Felipe Lacerda, exemplifica os impactos econômicos do hábito de fumar. 

 

Sonora: "Se a gente for fazer uma conta bastante simples e pegar aquele fumante que fuma um maço de cigarro por dia, que custa, pelo menos, R$ 5, ao final de 30 dias, ele gastou R$ 150. Ao final de um ano, ele gastou, em média, R$ 1.800." 

 

No Brasil, o último estudo do Ministério da Saúde sobre o impacto econômico do tabagismo, apresentado em 2011, revelou que foram gastos naquele ano R$ 23 bilhões com o tratamento das mais de 50 doenças relacionadas ao fumo. Já a arrecadação de impostos sobre os cigarros no mesmo período foi de R$ 6 bilhões.

 

A fortuna gasta com as doenças relacionadas ao fumo é destinada ao tratamento de vários tipos de câncer, infarto, derrame, da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e outras enfermidades. O coordenador do programa de controle ao tabagismo do Distrito Federal, Celso Antônio, explica que a DPOC é bastante comum nos fumantes, grave e de difícil acompanhamento.


Sonora: "Nós temos a DPOC, que é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, é uma doença incurável quando se instala. E a pessoa tem uma qualidade de vida muito ruim e acaba morrendo com oxigênio, morrendo em hospital."

 

De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2015, mais de 10% da população brasileira acima de 18 anos declarou ser fumante. Já o número de ex-fumantes chegava a quase 21%. Nesta quarta-feira (31), Dia Mundial Sem Tabaco, o Inca vai divulgar dados atualizados sobre o assunto.

 

* Post alterado às 12h20 de 01/06/17

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