Mulheres e negros têm maior alta no IDH no Brasil, mas desigualdades persistem

Desenvolvimento Humano

Publicado em 10/05/2017 - 21:09 Por Sheily Noleto - Brasília

Apesar das desigualdade persistirem, de 2000 a 2010, os grupos mais vulneráveis (mulheres e negros) tiveram uma maior alta no Índice de Desenvolvimento Humano no Brasil.

 

No entanto, a população rural, os negros e as mulheres continuam ganhando e vivendo menos que os homens brancos moradores das cidades. Essa é uma das principais conclusões do Relatório de Desenvolvimento Humano para Além das Médias: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal por cor, sexo e situação de domicílio.

 

O documento foi lançado nesta terça-feira pelo IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e PNUD- Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no Brasil. O levantamento analisou dados de Censos Demográficos de 2000 a 2010.

 

A coordenadora nacional do relatório pelo PNUD, Andrea Boson (Bozon), resume as constatações do documento.

 

Sonora: "Mostra que as diferenças entre homens e mulheres, entre as pessoas que moram no campo e na cidade, da cor negra e branca persistem as diferenças em termos de indicadores de sociais de saúde, renda e educação também."

 

Segundo o estudo, em 2010, os moradores da área rural recebiam R$570 reais a menos que os da cidade. Eles viviam quase três anos menos do que pessoas residentes em áreas urbanas. E apenas 26% daqueles com 18 anos ou mais haviam concluído o ensino fundamental completo.

 

O abismo entre negros e brancos também era grande. Em 2010, eles ganhavam menos da metade do que os brancos. Também viviam dois anos a menos que eles.

 

No caso de mulheres e homens as diferenças também eram relevantes. Apesar de estudarem e viverem mais, elas ganhavam R$ 400 a menos que eles.

 

Marco Aurélio Costa, coordenador do INCT- Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial, explica.

 

Sonora: "Os indicadores rurais são bem piores que os urbanos. AS diferenças de cor entre a população negra e branca são maiores que entre homens e mulheres."

 

Em 2010, o IDH geral dos municípios brasileiros foi de 0,727, faixa considerada de alto desenvolvimento humano, que vai de 0,702 a 0, 798. Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido o país é. Hoje, a Noruega está na liderança, com índice de 0,944.

 

Com produção de Dayana Vítor

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