O primeiro viaduto para travessia de fauna do país foi construído no Pará.
A obra é parte da Licença de Instalação para o Ramal Ferroviário Sudeste, do estado, que escoará minério até a Estrada de Ferro Carajás.
A ferrovia corta a Floresta Nacional de Carajás em dois pontos, onde a vegetação está em estágio médio ou avançado de regeneração.
Os viadutos do ramal foram cercados com arame galvanizado ao longo de 100 metros de extensão para cada lado dos acessos, com o objetivo de assegurar o direcionamento e a contenção dos animais. Arbustos de pequeno porte foram plantados nas laterais.
De acordo com informações do Ibama, 30 passagens, entre viadutos e túneis, foram instaladas ao longo dos 100 quilômetros do ramal. Já existem registros do trânsito de diversos animais, entre eles capivaras, tatus, jaguatiricas, tamanduás-bandeira, por exemplo.
Ainda segundo o Ibama, estudos de Ecologia de Estradas estimam que, anualmente, cerca de 450 milhões de animais selvagens morrem atropelados nas estradas brasileiras, que se estendem por aproximadamente 1,7 milhão de quilômetros.
Os viadutos não apenas reduzem a perda de biodiversidade como, também, os acidentes envolvendo pessoas em estradas, rodovias e ferrovias.
Para definir a passagem de fauna mais adequada para cada trecho são levadas em consideração as características das estradas, do tráfego, da paisagem espacial, além do porte dos animais silvestres presentes na região do empreendimento.