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Defesa de Bendine alega que ele ia a Portugal a turismo e pede revogação de prisão temporária

Aldemir Bendine
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Jéssica Gonçalves
28/07/2017 - 08:20
Brasília

A defesa do ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemir Bendine apresentou, na noite dessa quinta-feira (27), ao juiz Sérgio Moro, um pedido para reconsiderar a ordem de prisão temporária dele. Bendine foi preso ontem (27), em São Paulo, na 42ª fase da Operação Lava Jato.

 

Segundo o advogado de Bendine, Pierpaolo Bottini, o ex-presidente da Petrobras já tinha manifestado disposição de colaborar com a Justiça e também já tinha aberto mão do sigilo bancário e fiscal há mais de um mês.

 

Bottini também alega que o ex-presidente tinha passagem de ida e volta a Portugal, e viajaria a turismo. O Ministério Público Federal afirmou que só havia localizado a passagem de ida para Portugal.

 

Bendine teria recebido pelo menos R$ 3 milhões de propina em espécie da Odebrecht para não prejudicar a empresa em futuras contratações, segundo informações das equipes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal que atuam na Lava Jato.

 

O procurador da República no Paraná, Athayde Ribeiro Costa, chamou de promiscuidade a atuação do ex presidente do Banco do Brasil e da Petrobras.

 

Sonora: “É indignante que, durante o escândalo de corrupção na Petrobras, pessoas utilizavam a companhia para praticar crimes e auferir recursos, segundo evidências até então colhidas. Bendine estava no Banco do Brasil, foi para a Petrobras e, segundo as provas, havia pedido de propina. Bendine buscava, com pedido de propina, buscar lugar na Vale. Temos que impedir essa promiscuidade.”

 

Bendine esteve à frente do Banco do Brasil entre abril de 2009 e fevereiro de 2015 e assumiu o comando da Petrobras de fevereiro de 2015 até maio do ano passado. A investigação contra ele teve como base as delações premiadas de Marcelo Odebrecht, ex-presidente-executivo do grupo Odebrecht, e de Fernando Reis, executivo da companhia.

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