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Polícia deve indiciar 200 detentos por massacre em presídio no Amazonas; apuração não foi concluída

Amazonas
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Bianca Paiva
17/07/2017 - 18:49
Manaus

Passados mais de seis meses do massacre no Compaj, Complexo Penitenciário Anísio Jobim, no Amazonas, não há previsão para encerramento das investigações, segundo a Polícia Civil. A rebelião de primeiro de janeiro resultou na morte de 56 detentos e na fuga de 119.

 

Em nota, a corporação informou que “o caso é complexo e algumas centenas de pessoas já foram ouvidas desde o dia 8 de janeiro deste ano, quando começaram as apurações”. O inquérito está em fase de oitivas e interrogatórios.

 

A previsão da Polícia Civil é que, pelo menos, 200 detentos sejam indiciados por envolvimento nas mortes. Eles vão responder por homicídio, lesão corporal e constrangimento ilegal.

 

De acordo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, 43 detentos do regime fechado do Compaj continuam foragidos. Também no primeiro dia do ano, 106 internos do Ipat, o Instituto Penal Antônio Trindade, conseguiram escapar e 71 foram recapturados. Ao todo, nas duas penitenciárias, foram 225 fugas e 145 recapturas.

 

A Força Nacional de Segurança Pública está atuando nos presídios da capital amazonense desde janeiro. Quase 300 presos ameaçados de morte na rebelião foram transferidos para a Cadeia Desembargador Raimundo Vidal Pessoal, no centro, que foi reativada emergencialmente. No presídio também ocorreram quatro mortes e fugas.

 

Devido às condições precárias do local, em maio, os 162 detentos que ainda estavam na cadeia foram transferidos para o Centro de Detenção Provisória e a Cadeia Pública foi desativada definitivamente.

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