No Nordeste, Polícia Federal e Tribunal Regional Federal integram softwares para agilizar processos
A Polícia Federal (PF) e o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) lançaram, nesta quinta-feira (10), a integração de seus softwares para agilizar a troca de documentos entre as duas instituições.
Até agora, uma petição feita em Petrolina, interior de Pernambuco, tinha que viajar mais de 700 quilômetros de carro até o tribunal. Com a novidade, o delegado poderá enviar o pedido pela internet.
A integração entre os sistemas do Processo Judicial Eletrônico (Projud) e de Gestão da Atividade de Polícia Judiciária vale os estados que estão sob jurisdição do TRF5: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
Os delegados da PF dessas unidades da Federação podem fazer pedidos pela internet e também realizar consultas de acompanhamento processual. O ministro da Justiça, Torquato Jardim, esteve no lançamento e disse que a integração vai garantir “agilidade” ao trabalho da PF e das demais partes.
Sonora: “O juiz, o promotor, o policial que faz a investigação, em qualquer lugar do mundo, pode acessar o processo e praticar o ato necessário”.
O sistema virtual da Justiça brasileira, já funciona em todo o país desde 2010. Já o sistema da Polícia Federal é implantado de forma pioneira em nove estados do país. Iniciado em dezembro, o software é usado no Rio Grande do Norte, Paraíba, Acre, Pernambuco, Ceará, Alagoas, Sergipe, Santa Catarina e Roraima.
O sistema foi desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande, da Paraíba. O superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro, afirmou que o sistema economiza tempo e dinheiro e libera policiais da função de entregador de processos.
Sonora: “O policial, que antes tinha a obrigação de levar processo para lá e para cá, vai ter mais tempo de fazer investigação”.
O ministro da Justiça não respondeu a perguntas da imprensa que não fossem a respeito do lançamento, como a ajuda federal solicitada por Roraima para reforçar a fronteira com a Venezuela. Também presente no evento, o diretor-geral da PF, delegado federal Leandro Daiello Coimbra, não deu entrevista.