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Polícia Civil do Amazonas indicia 210 detentos por massacre em presídio

Amazonas
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Bianca Paiva
01/09/2017 - 19:25
Manaus (AM)

Depois de mais de oito meses de investigações, a Polícia Civil do Amazonas concluiu nesta semana o inquérito que apurou as mortes de 56 de detentos no dia primeiro de janeiro no Compaj, Complexo Penitenciário Anísio Jobim, localizado no quilômetro oito da BR-174. 210 detentos foram indiciados por envolvimento no massacre.

 

A equipe de investigação fez perícias no local e exames de necropsia e de DNA nos corpos. Imagens captadas pelas câmeras do circuito interno do presídio também foram analisadas. Além disso, de acordo com o delegado-geral adjunto da instituição, Ivo Martins,  350 pessoas foram ouvidas.

 

A conclusão do inquérito é de que as mortes no Compaj ocorreram por rivalidade entre duas facções criminosas que atuam no estado: a FDN, Família do Norte, e o PCC, Primeiro Comando da Capital.

 

A rebelião começou por volta de quatro da tarde, no primeiro dia do ano, quando alguns detentos do pavilhão 3, entre eles, membros do FDN, renderam agentes e trocaram tiros com policiais militares em uma área da unidade prisional, chamada de “Seguro”, onde ficavam os presos considerados vulneráveis e alguns do PCC.

 

O inquérito da Polícia Civil sobre o massacre tem 2.600 páginas e será enviado à Justiça na próxima segunda-feira.

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