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MP do Rio quer que Régis Fichtner, ex-braço direito de Cabral, volte para cadeia

Esquema Cabral
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Fabiana Sampaio
12/12/2017 - 18:41
Rio de Janeiro

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro quer mandar de volta para a cadeia o ex-chefe da Casa Civil do governo de Sérgio Cabral, Régis Fichtner, que foi libertado duas semanas após ser preso na Operação C'est Fini , em novembro.

 

O MP se manifestou, junto ao Tribunal Regional Federal da 2a Região, considerando "indispensável a prisão preventiva de fichtner", não devendo ela ser substituída nem mesmo por medida cautelar alternativa.

 


O TRF-2  vai julgar, nesta quarta-feira, o habeas corpus impetrado pela defesa do ex-chefe da Casa Civil do governo do estado e o recurso do MPF contra a soltura.

 

Os procuradores sustentam que uma eventual confirmação da liberdade de RÉGIS Fichtner comprometeria o resultado das investigações, ainda iniciais, pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro, bem como da futura ação penal.

 

Ainda de acordo com o Ministério Público as provas contra Fichtner são robustas e as rigorosas penas fixadas em casos similares tornam muito tentadora ao acusado a possibilidade de fuga para o exterior, onde ele tem patrimônio.


Os procuradores também levantam o risco de reiteração criminosa, uma vez que, na avaliação do MPF, ficou demonstrado que Fichtner, chamado de Alemão em planilhas de propina, usou sua liberdade para impedir o avanço das investigações, tentando apagar provas importantes.

 

Braço direito de Cabral, Fichtner é acusado de receber mais  de 16 milhões de reais,em 2014, após deixar a Casa Civil, do escritório de advocacia do qual era sócio e que tinha entre os clientes multinacionais dos setores siderúrgico e de gases industriais, beneficiadas por decisões do governo estadual.


Outro habeas corpus na pauta da sessão de julgamento do TRF 2 nesta quarta-feira é o do empresário Georges Sadala, também preso na Operação C´EST FINI.


O MPF considerou que também ele deve permanecer na cadeia. Entre os argumentos, os procuradores reforçam o vínculo que Sadala tinha com a suposta organização criminosa liderada por Cabral.

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