Viva Maria: Dos programas mais acessados em 2017, o tema saúde foi campeão e este fala sobre sífilis
Em tempo de retrospectiva rumo a 2018, Viva Maria se despede de 2017 com os programas que estão na lista da Radioagência Nacional como os mais ouvidos do ano! Disparado, a temática saúde ficou com o primeiríssimo lugar! Não por acaso o programa sobre o aumento do caso de sífilis no Brasil deu o maior ibope.
Taí mais uma prova de que sífilis em nosso país não é coisa do passado! A sífilis, de fato, é uma doença antiga. No século XV, causou uma das primeiras epidemias globais, com milhares de mortes por toda a Europa. Naquela época, a penicilina, o antibiótico usado para exterminar a bactéria, não havia sido descoberto ainda. Eram feitos tratamentos a base de mercúrio.
A descoberta da penicilina, em 1928, contribuiu para diminuir a disseminação da doença nas décadas seguintes. E daí pra frente um importante reforço ao combate à doença foram as campanhas para aumentar o uso do preservativo, que ganharam força com a descoberta do vírus da aids, na década de 1980.
No Brasil, a sífilis saiu dos holofotes a ponto de nem ser obrigatório que serviços de saúde avisassem o Ministério da Saúde quando encontrassem um caso. A notificação só passou a ser obrigatória em 2010. Contrariando as expectativas de que o Brasil ia chegar a 2015 com 0,5 casos da sífilis congênita por mil nascidos vivos, hoje, temos a triste constatação de que, só no Rio de janeiro, por exemplo, já são 12,4 casos da doença em cada mil nascidos vivos.
E quem está com a gente para melhor analisar esse grave problema de saúde pública é a doutora Maria Clara Diana, da Coordenação Estadual DST/Aids, mais precisamente do Centro de Treinamento e Referência DST/Aids. Seja muito bem-vinda, dra. Maria Clara!
Viva Maria: Programete que aborda assuntos ligados aos direitos das mulheres e outros aspectos da questão de gênero. É publicado de segunda a sexta-feira. Acesse aqui as edições anteriores.