A Justiça do Amazonas determinou a desativação da atual unidade prisional onde detentos da capital cumprem o regime semiaberto no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, o Compaj.
Na decisão, assinada por dez juízes, ficou determinado o prazo de 45 dias para as devidas providências, entre elas, o monitoramento de 585 presos do semiaberto por tornozeleira eletrônica.
O juíz Ronnie Frank Stone coordena o projeto de reestruturação da Vara de Execução Penal de Manaus. Ele afirma que a desativação do semiaberto não compromete a segurança pública.
O coronel Cleitman Coelho, da Secretaria de Administração Penitenciária, acredita que a desativação do semiaberto vai permitir melhorias no sistema prisional do Amazonas. Atualmente, muitos presos nessa condição no Compaj são ameaçados pelos presos do sistema fechado para cometer delitos durante as saídas temporárias.
Há um ano, o pior massacre do sistema carcerário do Amazonas ocorreu no Complexo Penitenciário Anísio Jobim. A rebelião no Compaj resultou na morte de 56 detentos, além da fuga de 130. O massacre teria ocorrido por disputa entre facções rivais e protesto contra a superlotação.