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Operação “Garimpeiros da Propina" apura esquema criminoso no Amapá

Garimpeiros da Propina
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Renata Martins
15/02/2018 - 19:12
Brasília

A agência federal responsável por fiscalizar mineração no país foi alvo de ação policial. O grupo cobrava propina para liberar garimpo e fazia vista grossa para crimes ambientais de mineradoras.

 

“Garimpeiros da Propina’ – esse é nome da operação, deflagrada nesta quinta-feira pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal, que apura um esquema criminoso em atividades minerárias no Amapá. A ação ocorreu simultaneamente nos municípios de Macapá, Santana e Calçoene.

 

A Justiça determinou a prisão preventiva de sete pessoas. Entre elas, dois ex-deputados federais do Amapá, dois dirigentes da Cooperativa de Garimpeiros do Lourenço, servidores e ex-funcionários da ANM, Agência Nacional de Mineração, antigo Departamento Nacional de Mineração. Os nomes dos envolvidos estão sob sigilo.

 

De acordo com o MPF, o grupo agia há cerca de dez anos. As investigações apontam que os funcionários da ANM facilitavam a obtenção de concessões e autorizações de exploração de minério mediante recebimento de vantagens indevidas.

 

Também faziam vista grossa nas irregularidades encontradas nos garimpos. Já os ex-parlamentares usavam da influência política no estado para promover um esquema de propina dentro da agência.

 

O Ministério Público afirma que o poder de decisão sobre quem ocuparia o cargo de superintendente da autarquia no Amapá ficava a cargo dos políticos investigados. A permanência no posto estaria relacionada ao cumprimento de metas de arrecadação de propina.

 

A ação teve origem após depoimentos e dados obtidos em celulares apreendidos em duas operações deflagradas no ano passado. As conversas revelaram que em apenas um dos casos analisados, houve pedido de propina no valor de  R$ 100 mil  para liberação de negócios envolvendo a mineração no Amapá.

 

A ANM está tomando todas as providências legais que o caso requer. Dois acusadso ainda estão foragidos. A Polícia Federal apreendeu computadores, celulares, cheques, relógios e quatro automóveis em imóveis ligados aos investigados.

 

Os presos serão encaminhados ao Iapem - Instituto de Administração Penitenciária do Amapá, em Macapá.


* Matéria atualizada às 21h18 para acréscimo de informações.

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