A empresa Hydro Alunorte entrou na Justiça cobrando uma revisão dos laudos emitidos pelo Instituto Evandro Chagas sobre a contaminação de alumínio nos rios da cidade de Barcarena, no Pará.
A Alunorte também contesta os termos de ajustamento de conduta propostos pelo Ministério Público (MP) do Pará para a tomada de ações emergenciais contra impactos do vazamento de rejeitos de minério, em fevereiro, e prevenção a novos acidentes.
Segundo a empresa, a posição do Ministério Público levou em conta, basicamente, os relatórios feitos pelo Instituto Evandro Chagas, documentos que a Alunorte alega não conhecer.
A mineradora diz ainda que o Instituto Evandro Chagas não possui acreditação válida para realizar as amostragens e análises que serviram de base para o relatório do MP.
Ainda de acordo com a empresa, existe um interesse em retomar a discussão sobre o ajustamento de conduta, mas com base em fatos concretos.
O MP, por outro lado, diz que a Alunorte se nega a assinar o termo de ajustamento de conduta, cujo prazo venceu no último dia 4.
A Alunorte segue afirmando que não foi detectado nenhum derramamento ou vazamento nos depósitos de resíduos de bauxita da empresa e não há indicação de que tenha havido qualquer impacto significativo ou duradouro ao meio ambiente.
Já o Ministério Público do Pará aumentou o número de comunidades que devem receber as ações de compensação da Alunorte.
Entre as medidas compensatórias, a empresa foi condenada a fornecer água potável e atendimento à saúde das comunidades afetadas.
Além disso, 50% da produção já está parada, por determinação da Justiça, para mitigar os danos ambientais o que acabou levando a empresa a dar férias coletivas para 600 empregados.