Defensoria do Rio tenta revogar prisão de 40 detidos em operação contra a milícia
A Defensoria Pública do Estado do Rio tenta revogar a prisão de 40 dos 159 presos durante uma festa em um sítio em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, no último dia 7, em em operação policial contra a milícia Liga da Justiça.
Paralelamente ao pedido, a Defensoria deve entrar, ainda nesta terça-feira, com pedido de habeas corpus junto ao Supremo Tribunal Federal em favor de um dos detidos. De acordo com o defensor João Gustavo Fernandes, o STF será acionado para avaliar a soltura do auxiliar de cozinha Vinícius Guedes de Almeida.
Ele já teve o habeas corpus negado pelo plantão do Tribunal de Justiça do Rio e pelo Superior Tribunal de Justiça.
Até o momento, apenas um dos presos ganhou liberdade: o artista de circo Pablo Martins. Em entrevista coletiva, no último domingo, dia seguinte a soltura, Pablo pediu que a Justiça seja feita e que as autoridades liberem outros inocentes que continuam no presídio de Bangu 9.
O defensor falou, também, sobre o caso de um outro preso, que possui dificuldade de compreensão e faz acompanhamento médico para doença mental. Na audiência de custódia, foi mantida a prisão, mas a Justiça determinou que o jovem passe por uma avaliação psicológica.
João Gustavo ressaltou que os presos que a Defensoria tenta provar inocência não possuem antecedentes criminais e têm residência fixa. Ele criticou, ainda, a manutenção das prisões, sem que haja a individualização das condutas.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Rio, que informou que não irá se posicionar sobre o caso.