A Justiça do Distrito Federal aceitou a denúncia do Ministério Público do DF, contra três empresas do governo local, a respeito da morte de grande quantidade de peixes, entre 29 de junho e primeiro de julho, do ano passado, no Rio Paranoá.
CEB, CAESB E ADASA agora se tornaram rés e são investigadas pelo Tribunal de Justiça do DF. A denúncia do MPDF cita a falta de regulamentação da Adasa, para o uso do rio.
A denúncia também considera “excessivo” o lançamento de esgotos em estado bruto ou tratado, pela Caesb e o fechamento das compotas da barragem por cinco dias, realizado pela CEB. Todas essas ações, segundo o Ministério Público, geraram a contaminação das águas do rio e levaram à morte de milhares de peixes.
O órgão que ofereceu a denúncia à justiça cita, também, que a polícia civil chegou a confirmar os danos em laudo. A situação foi confirmada em relatórios da Adasa, do Ibram e em notícias da época.
Em nota, a Caesb nega responsabilidade sobre a morte dos peixes no Paranoá e diz que vai se explicar à justiça. A empresa atribui os danos à redução na vazão de água da barragem do Paranoá, acima do ponto de lançamento.
Argumenta que, quando as comportas foram abertas, a mortandade dos peixes acabou. A companhia informa que o esgoto jogado no rio era tratado e continua sendo.
Também em nota, a CEB explica que já apresentou defesa à justiça e que tem confiança do reconhecimento de que não é responsável pelo ocorrido. A Adasa informa que não foi notificada pela justiça.