A Secretaria de Saúde do Pará começou esta semana a campanha de luta contra as hepatites virais, realizada anualmente no mês de julho. Nos dois primeiros dias de campanha, cerca de 800 testes foram realizados na praça Brasil, em Belém, e cinco pessoas foram diagnosticadas com hepatite C.
Nenhuma delas tinha apresentado os sintomas da doença, o que, em geral, aumenta o risco da hepatite evoluir para cirrose, câncer ou transplante de fígado, caso não seja tratada a tempo. Não há vacina contra hepatite C.
O médico David Bichara, da Liga Acadêmica de Biomedicina, explica a importância da campanha de luta contra as hepatites virais ter sido antecipada no Pará.
A hepatite é uma inflamação nas células hepáticas do fígado e pode ser ocasionada pelos vírus A, B, C ou D. O médico David Bichara ressalta que uma das formas mais perigosas da doença, a hepatite “C”, é uma doença crônica e silenciosa, que pode ficar no organismo até 20 anos sem se manifestar, mas tem tratamento disponível no sistema público.
As hepatites virais são responsáveis por mais de um milhão e 400 mil mortes por ano em todo mundo. Estima que 3% da população tenha hepatite C e não saiba. Em julho, as ações de prevenção são reforçadas em todo o país pois o dia 28 foi escolhido como data Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais.