Fruta amazônica vira aditivo para biodiesel e aumenta em 300% vida útil do combustível
O aditivo natural antioxidante extraído do óleo de tucumã, quando adicionado ao biodiesel, garante ao produto a mesma vida útil que os aditivos sintéticos utilizados atualmente. A pesquisa foi desenvolvida por Guilherme Turcatel, professor do Instituto Federal de Roraima.
O diesel comum extraído do petróleo é vendido ao consumidor no Brasil com adição de 10% de biodicombustível. De acordo com a ANP, Agência Nacional do Petróleo, a produção de biodiesel em 2017 cresceu quase 13% em relação ao ano anterior.
Segundo o pesquisador, o produto gera para a indústria de biocombustível uma economia entre 20 e 40% em relação aos sintéticos, o que reduz o custo da produção e posteriormente o valor para comercialização do biodiesel.
Em entrevista a Rádio Nacional, Guilherme Turcatel destacou que a pesquisa também interfere na parte econômica e social da região porque a matéria-prima é fruto do trabalho dos extrativistas locais.
O tucumã é utilizado em diversos pratos doces e salgados como pizza, pastel, sorvete e o tradicional x-caboquinho. O aditivo não vai interferir na culinária amazonense porque o óleo utilizado para produzir o aditivo é feito da parte do fruto que é descartada.