O Ministério Público Estadual (MPE) pediu, na Justiça, a interdição parcial do Centro de Detenção de Juína, a cerca de 730 quilômetros de Cuiabá. O motivo são os casos confirmados de hanseníase. Do total de 226 presos, 23 deles foram diagnosticados com a doença.
De acordo com o promotor de Justiça Dannilo Preti, o pedido foi protocolado em razão da ausência de médico e enfermeiro na unidade prisional o que inviabiliza a prevenção e diagnóstico de casos de hanseníase.
Ainda de acordo com o promotor, o presídio também apresenta carências estruturais e superlotação. Desde maio do ano passado, uma ação judicial está em trâmite cobrando melhorias na unidade prisional.
Em nota, a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos alegou que o município se encontra em alerta para a hanseníase devido ao elevado número de registros da doença, com pouco mais de 150 casos até julho deste ano.
Esta situação fez com que fosse feita uma busca ativa, no dia 26 de julho, na unidade prisional. Após o diagnóstico, os detentos passaram a receber tratamento e são acompanhados pela equipe de enfermagem do presídio.
Servidores do Centro de Detenção de Juína e familiares dos presos também estão recebendo informações sobre a doença, como forma de manifestação e contágio, sintomas e tratamento.