Desafios e Perspectivas dos Estados: Paraíba é o maior produtor de mangaba do Brasil
Paraíba é o nome do principal curso de água desse estado nordestino e significa rio difícil de invadir, em referência à estreita boca do canal, que permitia avistar e abater facilmente embarcações invasoras.
Junto com Mato Grosso e Sergipe, a Paraíba não tem nenhuma deputada federal. A população é estimada em pouco mais de 4 milhões e os eleitores somam cerca de 2 milhões 870.
O agricultor, João Lacerda, 74 anos, é um deles. Nascido no sertão paraibano, não troca o estado dele por outro lugar, inclusive pelo sentimento de união comunitária.
A Paraíba é o maior produtor nacional de mangaba, fruta típica da caatinga e muito apreciada no Nordeste também na forma de doce, sorvete, licor e polpa. O primeiro assentamento paraibano a produzir o fruto foi o Camucim, na cidade de Pitimbu, a cerca de 70 quilômetros de João Pessoa.
De acordo com Ailton Lourenço da Silva, presidente da cooperativa agropecuária local, a renda obtida com o cultivo em Camucim garante a subsistência de 120 famílias. Porém, quase metade da produção é perdida por falta de espaço adequado para o beneficiamento em polpa. Só com a eliminação de atravessadores, o lucro dos produtores poderia dobrar.
O setor de comércio e serviços é o mais importante da economia paraibana, em especial, o turismo, que atrai mais de 1 milhão de visitantes por ano. Além disso, o estado tem recebido diversas instalações industriais.
O desemprego atinge 11% da força de trabalho no estado, de acordo com o balanço do segundo trimestre. O rendimento médio mensal é de R$ 1.629.
No que diz respeito ao saneamento básico, a Paraíba atende a 50% das residências com rede de esgoto. O abastecimento de água chega a 74% dos domicílios e a coleta de lixo a 8, de cada 10 lares.
Na área da educação, a taxa de analfabetismo é de 16,5%, mais que o dobro da média nacional. Os jovens que nem estudam nem trabalham são 27%. É o sétimo estado com mais jovens nessa situação.
No campo da segurança pública, o Altas da Violência revela taxa de homicídios de 34 a cada 100 mil habitantes, a segunda mais baixa do Nordeste, atrás apenas do Piauí.