No dia Nacional da Consciência Negra, um mural de grafite de 500 m2 inaugurado no centro do Rio de Janeiro retrata a união, através da dor e da solidariedade, entre mulheres, especialmente as negras, constantemente vítimas de racismo e machismo.
A obra foi produzida pela grafiteira e ativista Panmela Castro, fundadora da ONG Rede Nami, para homenagear essas mulheres e fica na histórica rua do Lavradio, no centro da capital fluminense.
Chamado de Dororidade, a artista conta que o tema do painel partiu do título do livro de mesmo nome, da escritora negra Vilma Piedade, que faz alusão a outro termo criado para representar o apoio mútuo entre as mulheres, a sororidade.
A imagem mostra duas mulheres negras ligadas pelo cabelo e faz parte da série de grafites “Irmãs Siamesas”, que já foi pintada em grandes cidades como São Paulo, Miami, Nova Iorque, Amsterdã e Berlim.
Junto com o painel foi lançado um videoclipe do rap "Dororidade", interpretado pela artista Andrea Bak, em homenagem ao trabalho de Panmela.
A inauguração contou ainda com uma exposição, com 50 obras das alunas do projeto AfroGrafiteiras, coordenado por Panmela Castro, que usa o grafite como forma de promover os direitos das mulheres.