O Ministério da Saúde descartou a suspeita de peste bubônica em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Em nota, o órgão informou que o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do estado refez a análise do caso e identificou um microrganismo que não causa infecções em indivíduos com boa imunidade.
A bactéria encontrada, no entanto, em pessoas com comprometimento imunológico, pode provocar infecções oportunistas do trato respiratório, urinário e infectar feridas. Para outras análises e fechamento da investigação, outras amostras foram coletadas e encaminhadas para o laboratório de referência, o Instituto de Pesquisa Aggeu Magalhães, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Pernambuco.
O paciente diagnosticado com o caso suspeito em São Gonçalo não chegou a apresentar o quadro da doença. A suspeita surgiu após a realização de um exame de microbiologia feito no Hospital Municipal Luiz Palmier, onde o paciente se internou.
Segundo a Secretaria de Saúde, o Rio de Janeiro não registra casos em humanos há mais de 30 anos. No Brasil, o último caso notificado foi em 2005 no Ceará.
A peste bubônica causa um aumento dos gânglios linfáticos, geralmente na região do pescoço. É grave, mas tem cura.
De acordo com o Ministério da Saúde, a única forma de prevenção é evitar o contato com ratos e com suas pulgas. Ainda segundo o Ministério, o tratamento, a base de antibióticos, está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).