Mesmo com medidas para aumentar a segurança nas ruas, a onda de violência no estado não para. Nesta segunda-feira (21), criminosos tentaram atear fogo em duas escolas no interior do estado.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Ceará, ninguém ficou ferido. E a polícia procura os suspeitos.
Também nesta segunda, um caminhão de lixo foi incendiado na cidade de Jaguaruana, a cerca de 170 quilômetros de Fortaleza.
No domingo (20), bandidos colocaram fogo em um ônibus na capital cearense. Já são mais de 280 ataques desde o início, em janeiro. Diariamente, criminosos incendeiam prédios públicos, veículos, escolas, viadutos e comércios em todo o estado.
Até a última sexta-feira (18), 818 policiais militares da reserva se apresentaram para reforçar a segurança da população. Outros 382 aposentados deverão voltar as ruas do estado nos próximos dias.
Além deles, mais de 29 mil policias militares, civis, bombeiros e especialistas forenses do Ceará trabalham para evitar os atos violentos. Homens da Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Rodoviária Federal reforçam a segurança.
Apesar dos ataques continuarem, o advogado José Pinheiro, morador do centro de Fortaleza, afirma que a sensação de segurança aumentou nos últimos dias.
Outra medida para tentar cessar a onda de violência nas ruas foi a transferência de 39 detentos do estado, ligados a facções criminosas para presídios federais. Investigações apontam que esses presidiários seriam os mandantes dos crimes.
Os ataques começaram após o atual secretário de Administração Penitenciária do estado, Luis Mauro Albuquerque, endurecer o sistema carcerário. Ele proibiu o uso de celulares e a separação dos presos dentro das cadeias de acordo com a facção que pertencem.