No Dia da Síndrome de Down, o relato emocionado de mães sobre desafios e gratidão
Os olhinhos puxados e amendoados fazem par com o sorriso fácil das fotos em uma rede social.
As mãozinhas rechonchudas e de dedinhos curtos, aparecem sempre segurando algum brinquedo ou fazendo alguma fofura.
Na descrição do perfil do bebê Tom Fausto, de sete meses de idade, um resumo da trissomia 21: “um cromossomo a mais que veio junto com uma alegria contagiante”.
A página, criada pela mãe de Tom, Rejane Oliveira, foi uma forma de ter contato com outras pessoas com síndrome de Down e uma maneira de mostrar ao mundo que essas crianças são como qualquer outra – únicas e especiais a seu modo.
Rejane relata que nem sempre foi assim: precisou pesquisar, estudar e consultar especialistas sobre o assunto. Cada dia é um novo aprendizado. Hoje, ela tira de letra os desafios que a síndrome impõe, mas admite que foi um choque receber o diagnóstico.
Débora Shimoda, mãe de Téo, de seis anos de idade, também vive essa realidade.
Desde que ele era um bebê, ela não tem poupado esforços para que Téo tenha uma vida plena, totalmente funcional.
Ela relata que o atraso na aprendizagem nunca foi um obstáculo – um pouco mais de atenção, carinho e dedicação ajudam a superar essa dificuldade.
Para Débora, as adversidades são apenas detalhes, superados um a um - e que não destroem os sonhos que ela tem para o filho Téo e a gratidão pela existência dele.
Todo esse cuidado dos pais tem gerado mais representatividade: é cada vez mais comum ver pessoas com Síndrome de Down atuando em novelas, filmes e comerciais.
Um público tão significativo, que ganhou até uma personagem nas histórias em quadrinhos de Maurício de Souza.
A Tati, baseada em uma pessoa real - como todos os personagens da Turma da Mônica - é descrita com a qualidade comum a todas as crianças portadoras da trissomia do cromossomo 21: simpática e alegre.
E junto com a turminha, ensina a todas as crianças que ser diferente é normal e que o respeito é o primeiro tijolinho na construção de um mundo melhor e mais igualitário.