O rio Paraopeba, afetado pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, no interior de Minas Gerais, poderá ser recuperado. É o que diz o resultado de uma análise feita pela mineradora e pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas, o Igam.
O estudo mostra que alguns pontos do rio Paraopeba começaram a voltar a sua condição original, observada antes da tragédia, que deixou mais de 200 mortos, em janeiro deste ano.
Ainda de acordo com a Vale, uma das certezas de que o rio pode ser recuperado veio dos testes de ecotoxicologia, que medem os efeitos dos elementos químicos em organismos sensíveis a alterações ambientais.
As análises mostram que a toxicidade crônica em seres vivos, na água, ficou restrita à região do rompimento e aos primeiros 40 quilômetros do Paraopeba.
Além disso, foram verificadas reduções nas concentrações dos metais na água, nos últimos meses.
Desde o fim de março, o Igam não detecta níveis de mercúrio e chumbo acima dos limites legais nas águas do Paraopebas. A presença desses metais pesados foi o que levou a proibição da captação direta e uso da água do rio, medida que ainda é mantida de forma preventiva.
Ainda de acordo com a Vale, os sedimentos chegaram a pouco mais de 300 quilômetros de distância da barragem e não atingiram rio São Francisco.