Cães que ajudaram em resgate de corpos em Brumadinho são monitorados para avaliar intoxicação
O melhor amigo do homem tem sido também o melhor amigo dos bombeiros de Minas Gerais desde o rompimento da barragem em Brumadinho, em janeiro deste ano. Na última semana, eles ajudaram a resgatar mais dois corpos da lama.
Mas, em alguns casos, eles também se tornam vítimas. Em entrevista à Rádio Nacional, a veterinária da Brigada Animal do estado, Vânnia Nunes, conta que muitos cães sofreram intoxicações.
Sonora: Diferentemente dos humanos que podem usar equipamentos de proteção, os cães são imprescindíveis nesse tipo de resgate e não podem usar equipamentos para não prejudicar o faro. A gente não consegue fazer a limpeza e a descontaminação desses animais de forma completa”.
Segundo a veterinária, como ainda não existem estudos suficientes para medir o nível de toxidade que atinge os cães que têm contato com rejeitos químicos, técnicos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão monitorando os bombeiros de quatro patas que ainda estão na missão.
Sonora: “Hoje o que está sendo feito é o monitoramento em algumas bases de onde vieram esses animais. São animais que estão sendo monitorados pra gente tentar entender o que está acontecendo.”
A última atualização da Defesa Civil de Minas Gerais mostra que 248 pessoas morreram na tragédia de Brumadinho e 22 continuam desaparecidas.