Em pleno mês de julho, o carnaval de 2019 ainda não acabou no Rio de Janeiro, pelo menos não para as escolas de samba do Grupo Especial.
Nesta terça (9), o Tribunal de Justiça do Rio negou o pedido de afastamento do presidente da Liesa, a Liga Independente das Escolas de Samba, Jorge Castanheira, que já tinha anunciado sua renúncia, e manteve assembleia geral da instituição, marcada para a noite de hoje (10).
A liminar pelo afastamento do dirigente e suspensão da assembleia foi impetrada pela Imperatriz Leopoldinense e negada pela juíza Priscila Fernandes Miranda Botelho da Ponte, da Terceira Vara Cível da Capital.
A magistrada alegou que, até o momento, não há ilegalidade a ser apreciada pelo Poder Judiciário e que as questões levantadas devem ser resolvidas internamente pela Liesa.
Na assembleia desta quarta-feira (10), as escolas vão debater sobre uma possível desvirada de mesa no resultado dos desfiles deste ano, do Grupo Especial das Escolas de Samba do Rio. A Imperatriz tentou cancelar a reunião porque pode ter seu rebaixamento para a Série A confirmado, como previsto no regulamento, já que os presidentes de três das oito agremiações que votaram para salvar a verde e branca da queda, declararam que desejam mudar de posição.
Dessa forma, o placar da votação realizada na assembleia geral do último dia 3 ficará invertido, com os representantes da Unidos da Tijuca, União da Ilha do Governador e Paraiso do Tuiuti se unido aos da Mangueira, Portela, BeijaFlor, Viradouro e Vila Isabel, que já tinham se posicionado contra a virada de mesa.
Já a Grande Rio, Mocidade, Salgueiro, São Clemente e Estácio de Sá devem se manter favoráveis à permanência da Imperatriz Leopoldinense, a penúltima colocada no desfile, na elite do Carnaval carioca.
Como a Império Serrano, última colocada no carnaval deste ano e que teve o rebaixamento mantido, não teve direito a voto, assim como a Imperatriz, o novo placar deve ficar em 8 a 5 pelo rebaixamento também da escola verde e branca de Ramos.
