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Justiça converte em preventiva prisão de hackers envolvidos em invasão de celulares

Invasão de celulares
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Lana Cristina
01/08/2019 - 22:23
Brasília

A Justiça converteu em preventiva a prisão dos hackers Danilo Cristiano Marques, Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira e Walter Delgatti Neto, detidos há dez dias.
 

Eles estavam presos provisoriamente, na Polícia Federal, em Brasília, por suposta invasão de celulares de autoridades, como o ministro da Justiça Sérgio Moro e o presidente Jair Bolsonaro.

 

O pedido da prisão preventiva foi feito pela PF, que se baseou na conveniência da instrução criminal, ou seja, para preservar as provas coletadas, bem como o material apreendido. O Ministério Público Federal manifestou pela procedência do pedido por ter encontrado elementos concretos de autoria e envolvimento dos presos em ações como a violação do sigilo telefônico e a invasão de equipamento digital, podendo a conduta deles configurar ainda crime de lavagem de dinheiro, fraude bancária e estelionato.

 

O juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da décima vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, justificou sua decisão pela periculosidade dos detidos, que ficou evidente pela invasão do aparelho celular de diversas autoridades públicas, o uso de transações no mercado financeiro por meio de bitcoins, espécie de dinheiro eletrônico, bem como pela dificuldade de monitoramento das atividades dos investigados caso estivessem em liberdade.

 

Segundo a Polícia Federal, mil números telefônicos foram alvo de hackeamento pelo grupo, que foi investigado na Operação Spoofing.

 

A PF informou que todos números foram hackeados da mesma forma que o celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, pelo Telegram.

 

As investigações começaram em abril após relato de procuradores da força-tarefa da Lava Jato, que começaram a receber ligações do próprio aparelho. Em junho, Sérgio Moro fez o mesmo relato. Foi quando a PF identificou um padrão no modo dos hackers agirem.

 

Ariovaldo Moreira, advogado de Gustavo Henrique Elias Santos afirmou, quando da prisão de seu cliente, que a investigação da PF de agora não tem nada a ver com a publicação de diálogos atribuídos ao ex-juiz e agora ministro Sérgio Moro e ao procurador e coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, pelo site The Intercept Brasil.

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