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MPF investiga atraso na entrega de presídio instituído como compensação da obra de usina

Belo Monte
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Evelyn Cabral*
02/08/2019 - 14:30
Brasília

O Ministério Público Federal investiga o atraso na entrega do Complexo Penitenciário de Vitória do Xingu, no sudoeste do Pará, por parte da hidrelétrica de Belo Monte.

 

O inquérito instaurado pede à Secretaria de Segurança Pública do Estado as cópias do documento assinado para a construção do presídio com o cronograma para entrega da obra.

 

Segundo o Ministério, o término e a entrega do presídio no prazo determinado poderia ter reduzido a superlotação da unidade prisional de Altamira.

 

Sem superlotação, o Ministério Público avalia que a chacina ocorrida em Altamira poderia ter sido evitada.

 

De acordo com o relatório do Conselho Nacional de Justiça, o presídio de Altamira tem capacidade para comportar 163 pessoas, mas estava com lotação de 343 presos.

 

A construção do Complexo Penitenciário de Vitória do Xingu é uma contrapartida que a empresa Norte Energia tem que cumprir, por ordem do Ibama, para compensar os impactos causados pela construção da hidrelétrica de Belo Monte.

 

Procurada pela reportagem, a empresa Norte Energia informou que os compromissos firmados estão sendo integralmente atendidos e que, em 60 dias, as obras do presídio serão entregues.

 

Segundo a Norte Energia, a construção do complexo penitenciário em Vitória do Xingu integra uma série de investimentos da empresa no Pará destinados à política de segurança pública, com valores da ordem de R$ 125 milhões.

 

 

* Estagiária com supervisão de Lucas Pordeus Leon

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