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Atropelamento é a principal causa de morte no trânsito do Rio de Janeiro

Trânsito
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Raquel Júnia
18/09/2019 - 14:21
Rio de Janeiro

Os atropelamentos foram os principais responsáveis por mortes no trânsito do Rio de Janeiro em 2018. 35% dos casos com vítimas fatais foram deste tipo. E cerca de 44% das pessoas atropeladas tinham mais de 60 anos.

 

Os dados do Dossiê Trânsito, estudo conjunto do Instituto de Segurança Pública e da Coordenadoria de Estatística e Acidentologia do Detran -RJ foram divulgados nesta quarta-feira (18).

 

O estudo mostra que o  segundo tipo de acidente que mais produziu vítimas fatais no estado foi a colisão de veículos.

 

Nesse caso, o perfil mais frequente entre as vítimas é o jovem, com idade entre 18 e 29 anos.

 

O estado registrou 11 vítimas fatais por 100 mil habitantes, índice que permaneceu estável nos últimos três anos. 

 

Em relação às vítimas não fatais, o ano de 2018 registrou a segunda menor taxa de toda a série histórica, iniciada em 2003, com 161 pessoas lesionadas por 100 mil habitantes. Os anos com menos acidentes foram 2015 e 2016. Os homens são os principais infratores de trânsito, sendo responsáveis por quase 60% dos casos.

 

Para a Coordenadora de Estatística do ISP, Barbara Caballero, embora tenha havido avanços e a tendência de queda dos acidentes nos últimos anos se confirme, o estado precisa continuar planejando ações para reduzir, por exemplo, as ocorrências com pedestres.

 

Em 2018, 1.957 pessoas morreram em acidentes de trânsito no estado e outras 27.520 se lesionaram, o que gera uma média de 81 pessoas acidentadas por dia. 

 

Os acidentes são mais frequentes à noite e nos fins de semana, e as cidades do interior têm uma taxa de acidentes por 100 mil habitantes maior do que a da capital. Os dados mostram que metade das infrações no estado se deu por excesso de velocidade, e a maioria delas foi registrada por radares eletrônicos, conhecidos como pardais.

 

Apesar disso,  o vice-governador do estado, Claudio Castro, também presente no lançamento da pesquisa,  afirmou que o governo está reavaliando os radares nas rodovias estaduais para decidir se haverá retirada ou reposicionamento dos equipamentos.

 

O dossiê traz também dados sobre a Lei Seca, que completa 10 anos neste ano. A pesquisa mostra que as ações de fiscalização e conscientização da operação aumentaram até 2015, ano que registrou as menores taxas de acidentes no estado, juntamente com 2016.

 

Nos últimos três anos, houve redução no número de operações da Lei Seca, mas a quantidade de condutores de veículos abordados se manteve estável.  Em 2018, mais de 14 mil conutores foram flagrados com sinais de alcoolemia. 80% deles se recusaram a fazer o teste com o etilômetro.

 

Com a colaboração de Vinicius Lisboa, da Rádio Nacional no Rio de Janeiro, Raquel Júnia.

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