O ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot, poderá ir à Câmara falar sobre sua atuação à frente da Operação Lava Jato e também sobre as declarações que deu, de que teria ido ao Supremo Tribunal Federal armado para matar o ministro da Corte Gilmar Mendes.
O convite para que Janot vá à Comissão de Constituição e Justiça foi aprovado nesta quarta-feira (2).
Na semana passada, Janot disse, em entrevista a diversos veículos de comunicação, que chegou a ir armado com um revólver ao Supremo, com a intenção de assassinar o ministro Gilmar Mendes e depois se suicidar.
Os dois protagonizaram um longo embate enquanto Janot chefiou a Procuradoria-Geral da República, entre 2013 e 2017, com trocas constantes de críticas públicas.
Rodrigo Janot disse ter, porém, chegado ao limite em 2017, quando o ministro envolveu sua filha em uma das pendengas. O episódio é narrado por Janot no livro que lançou semana passada, Nada Menos que Tudo, porém sem citar o nome de Gilmar Mendes.
O ex-procurador-geral, entretanto, resolveu revelar a veículos de comunicação a quem se referia. O deputado Delegado Pablo, autor do requerimento, disse que fez o convite para discutir as declarações de Janot, sobre sua atuação na Lava Jato.
Segundo ele á ideia é “trazer luz” para o tema. O requerimento também prevê o convite para que compareçam à comissão o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e o chefe de gabinete de Janot na ocasião, Eduardo Pelella.
* A matéria foi alterada às 16h10 para correção de informação. Ao contrário do que dito anteriormente, Janot deverá comparecer ao Congresso após o convite aprovado nesta quarta-feira (2).