O município do Rio de Janeiro concentrou quase 45% dos registros de roubos de carga no estado, seguido de São Gonçalo, na região metropolitana, com cerca de 18%, na região metropolitana, no ano passado.
Bangu, Penha e Vigário Geral, na zona norte da capital e três comunidades de São Gonçalo, foram as áreas com as maiores concentrações.
Os dados são do Dossiê Roubos de Cargas, do Instituto de Segurança Pública, que analisa as dinâmicas do crime no estado, em 2018.
As estatísticas, no entanto, vêm caindo. A queda no índice em relação ao ano de 2017, foi de cerca de 13%.
No acumulado de janeiro a novembro deste ano, foram 1.344 casos a menos do que em 2018, uma redução de 18%.
O delegado à frente da Delegacia de Roubos e Furtos de Carga, Edson Henrique Damasceno, afirmou que a política de combate a esse tipo de crime tem como alvo organizações criminosas. Segundo Damasceno, existe uma ligação intima entre o tráfico de drogas e o roubo de carga.
Ainda segundo Damasceno, na maioria dos casos o transbordo, descarga dos produtos, ocorre em vias públicas de comunidades, com intensa atuação do tráfico de drogas.
O delegado destaca ainda a participação de receptadores no crime, e afirma que as investigações recaem sobre todas as etapas da atividade.
Para o advogado criminalista, Marcos Espínola, falta fiscalização do poder público para coibir a compra e venda de mercadorias roubadas. Ele também aponta o papel de consumidores que ao comprar essas mercadorias acaba estimulando esse tipo de crime.
O dossiê mostrou que a maior parte dos roubos de carga ocorreram durante o “horário comercial” e entre terça e sexta-feira. Em quase 76% das abordagens, as vítimas reportaram o uso de arma de fogo por parte dos criminosos.