Rio de Janeiro faz caminhada pelo fim da violência contra a mulher

Campanha pelo Mundo

Publicado em 08/12/2019 - 14:05 Por Tatiana Alves - Rio de Janeiro

Uma grande mobilização em mais de 20 cidades no país e no exterior, aconteceu pela primeira vez no Rio de Janeiro neste domingo (8).

 

A Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres reuniu mais de 300 mulheres no Aterro do Flamengo, na zona sul da capital.

 

A iniciativa é organizada pelo Grupo Mulheres do Brasil para protestar contra os assustadores índices de violência contra mulheres.

 

Os participantes são convidados a vestir a cor laranja, que é a cor da causa proclamada pela ONU, Organização das Nações Unidas.

 

A empresária Luiza Brunet foi vítima de violência doméstica em 2016 e se tornou ativista da causa depois de ser insultada por mulheres nas redes sociais quando decidiu processar o ex-companheiro pelo ocorrido.

 

Outra mulher que decidiu ir à luta na busca de seus direitos é a atriz Cristiane Machado.

 

O caso dela ganhou repercussão nacional em novembro do ano passado, quando seu então marido, o diplomata Sérgio Schiller a agrediu dentro de casa e ela gravou as agressões, Cristiane é a primeira mulher a ter um aparelho pager ligado à tornozeleira do agressor, que está preso.

 

Cartazes de protesto e números traduzem a urgência da mobilização. Em 2017, houve um crescimento de trinta por cento no número de mulheres assassinadas no país se comparado ao ano de 2007.

 

No mesmo período, o estado do Rio de Janeiro registrou redução de 3,6 por cento nestas mortes.

 

Porém o mesmo não acontece no caso de mulheres negras.

 

De 2007 a 2017, houve um aumento de mais de vinte por cento em feminicídios envolvendo mulheres da etnia no estado.

 

A Caminhada pelo Fim da Violência faz parte da campanha internacional “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”.

 

No Brasil, a movimentação dura 21 dias porque começa em 20 de novembro, no Dia da Consciência Negra.

 

Essa antecipação da campanha no Brasil é porque as mulheres negras são as maiores vítimas da violência no país, com sessenta e seis por cento das ocorrências.

 

A iniciativa termina em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. No exterior a movimentação começa no dia 25 de novembro.

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