Rio: reguladora cobra explicações da Cedae por alteração de cor e cheiro na água de 11 bairros
A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio informa que abriu processo para verificar os procedimentos realizados pela Cedae, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos, para normalizar o abastecimento de água na Região Metropolitana da capital.
Desde a última sexta-feira, a água distribuída pela Companhia, em onze bairros das zonas norte e oeste da cidade, tem apresentado alterações na cor e no cheiro.
A Cedae terá cinco dias para dar explicações à agência reguladora e pode ser penalizada caso não se manifeste, ou seja comprovada falha nos seus procedimentos, que comprometa a qualidade da água fornecida e coloque em risco a saúde dos usuários.
Na terça-feira, a Cedae divulgou em nota que foi detectada a presença de Geosmina em amostras de água, uma substância orgânica produzida por algas e que segundo a empresa não representa nenhum risco à saúde dos consumidores. A presença do elemento se deu por variações de temperatura, luminosidade e índice pluviométrico.
O infectologista e diretor de relações externas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Edmilson Migoswiski, porém, argumenta que pode haver outras substâncias, já que é grande o número de relatos de pessoas que passaram mal após beber a água.
O infectologista enumera alternativas para melhorar a qualidade da água.
Para a moradora de Vila Valqueire, na zona norte, a fotógrafa Angélica de Freitas, além do risco à saúde, a questão ainda implica em gastos que nem todos podem arcar.
Procurada, a Vigilância Sanitária Municipal do Rio de Janeiro, responsável pelo monitoramento da qualidade da água de abastecimento distribuída pela Cedae, divulgou que inspecionou pontos na zona oeste da cidade e na zona norte, e que os resultados seriam divulgados ainda nesta quarta-feira, o que não aconteceu até o fechamento desta reportagem.