Câmara do Rio instala CPI dos Guardiões do Crivella
A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar denúncias relacionadas ao caso conhecido como "Guardiões do Crivella". O grupo, composto por servidores da prefeitura, é suspeito de atuar na porta de hospitais atrapalhando o trabalho da imprensa e impedindo que a população denuncie problemas na saúde.
O decreto que instituiu a CPI foi publicado nessa quarta-feira (09), no Diário Oficial da Câmara Municipal. A casa legislativa informou que uma das autoras da Comissão, a vereadora Teresa Bergher, do Cidadania, deve convocar o prefeito Marcelo Crivella e os membros do primeiro escalão do governo que faziam parte dos grupos de Whatsapp onde eram estabelecidas as escalas na porta dos hospitais municipais.
A parlamentar disse que vai exigir a exoneração de Marcos Luciano, apontado como o chefe do grupo, e dos demais funcionários comissionados que participavam do esquema. A vereadora defendeu que os fatos sejam apurados com rigor. O requerimento para abertura da CPI foi apresentado no último dia primeiro e assinado por 14 vereadores, com o apoio de outros quatro.
Os parlamentares argumentaram que "os fatos amplamente divulgados pela imprensa, em tese, representam grave violação legal e aos princípios constitucionais que regem a Administração Pública".
A comissão será composta por cinco membros e terá o prazo de funcionamento de 120 dias, prorrogável por mais 60.