Aneel deverá prestar esclarecimentos sobre falta de energia no Amapá
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, André Pipetone, foi convocado para prestar esclarecimentos, na próxima sexta-feira (13), sobre a situação da falta de energia no Amapá.
Nessa quarta-feira (11), durante reunião da Comissão Mista da Covid-19, o senador Espiridião Amin destacou a negligência da empresa e a falta de uma fiscalização eficiente por parte da Aneel.
Até o início desta semana, segundo o Ministério de Minas e Energia, 65% da energia do Amapá já estava normalizada. E nesta quarta-feira (11), a pasta informou que entrou em operação mais uma unidade geradora da Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes, o que aumenta em cerca de 10% o atendimento atual.
O prazo dado pela justiça para que a Isolux, empresa responsável pelos transmissores da subestação Macapá, retome 100% da energia no estado termina nessa quinta-feira (12).
Mas, a maioria da população, ainda enfrenta muitos problemas com a falta de regularidade da energia. Vários protestos estão acontecendo diariamente nas cidades, principalmente na capital Macapá. Além da falta de energia e de água no sistema de abastecimento, os moradores também reclamam do preço abusivo de vários produtos como garrafões de água mineral, velas e alimentos, como conta Luana Borges, moradora da capital.
O Procon Amapá está multando empresas que se aproveitam do caos para aumentar preços de produtos de primeira necessidade, e até vender produtos vencidos, como destaca o presidente do Instituto de Defesa do Consumidor, Eliton Fraco.
A própria Isolux deve ser notificada pelo Procon. Foi necessário fazer uma parceria com o Procon de São Paulo para encontrar os representantes da multinacional.
O representante da concessionária deve se apresentar à sede do Procon para dar explicações sobre o apagão e pode ser autuada.
Outro alvo do Instituto de Defesa do Consumidor do Amapá foi a empresa Azul Linhas Aéreas. Neste período de apagão, estava cobrando por uma viagem de 35 minutos, entre Macapá e Belém, 4 mil reais. Procurada, a empresa ainda não se manifestou.