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Do tijolão ao smartphone, a história dos 30 anos do celular no Brasil

País tem 234 milhões de aparelhos, número maior que o de habitantes
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Kariane Costa
02/01/2021 - 10:47
Brasília
Celulares
© Valter Campanato

A chegada do celular ao Brasil foi em 1990. Um sucesso! Mas com cerca de 20 anos de atraso em relação a países como Estados Unidos. Naquela época, era difícil imaginar que 30 anos depois o país teria mais celulares que habitantes. Hoje são 234 milhões de smartphones nas mãos dos brasileiros.

Demoraria três anos para o Motorola PT-550, conhecido como ‘tijolão’, fosse o primeiro celular vendido no país. O preço, em tempos atuais, seria o equivalente a R$ 15 mil.

De lá cá pra foram vários modelos e a tecnologia foi se aprimorando. Mas, nem assim, atraiu o aposentado Cícero Ferreira.

Se o aposentado Cícero não gosta, a Maria Eduarda de 12 anos, que ganhou o primeiro celular aos 7, não consegue imaginar a vida sem um aparelho.

Quando a pequena Eduarda nem sonhava em nascer, em 1996, surgiu o celular Motorola StarTAC, bem pequeno, ele abria e fechava. Era a febre do momento entre os consumidores e marcava a popularização do telefone no Brasil.

No final dos anos 90, a marca que dominava as vendas era a Nokia. E quem não se lembra do Motorola que tinha o jogo da cobrinha?

A história do celular teve alguns marcos. Nos anos 2000, vieram os primeiros com câmara. Dois anos depois, chegava o Blackberry, este revolucionou o mercado, já que podia enviar e-mail. O dispositivo já não servia apenas para mandar mensagem ou ligar, ia além. Uma tecnologia que mudaria para sempre vidas como a de João Rocha.

O tempo passou e chegamos a 2007. Nos Estados Unidos, apareceu o Iphone, outro marco da telefonia celular. E ali começou a despontar a diferença entre o sistema da Apple e o operacional Android.

Segundo Vivaldo Breternitz, professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie, hoje, existe uma ascensão no mercado internacional de fabricação de telefones chineses. E o futuro? O professor vislumbra a preferência por celulares com telas maiores.

Vivaldo Breternitz explica ainda que em 2013, motivado pela Copa do Mundo, a chegada do 4 G no Brasil permitiu comunicação muito mais moderna e trouxe inúmeros ganhos às empresas, ao mercado e a vida do brasileiro.

Por outro lado, o professor Breternitz destaca que já está acontecendo em outros países a tecnologia 5G. Na sua avaliação, o Brasil já está ficando pra trás.

A Anatel prevê leilão do 5G no final do primeiro semestre de 2021, para definir qual empresa vai implementar a tecnologia no país. A 5G de internet móvel, em sua máxima potência, deverá oferecer altíssimas velocidades de internet.

Até 20 vezes maiores do que a 4G, além de maior confiabilidade e disponibilidade. Essa tecnologia terá também capacidade para conectar um número significativo de aparelhos ao mesmo tempo.

 

 

* Produção de Michele Moreira

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